quarta-feira, 9 de junho de 2010

O PIB chinês é uma boa solução de Serra, segundo Gilberto Dimenstein


Em meio à euforia sobre nosso crescimento econômico em ritmo chinês, aumentam os alertas sobre os riscos de estrangulamento - e um deles é a falta de trabalhadores qualificados. Uma pequena solução desenvolvida pelo governo de São Paulo, durante a gestão de José Serra(PSDB), merece atenção por ser rápida e barata - aliás, deveria ser replicada em todo o país.

Uma das razões que impedem a expansão das matrículas de ensino técnico é simplesmente a falta de prédios. Solução: estão usando as salas de aulas vazias, durante a noite, das escolas estaduais e até municipais. Com isso, não apenas se economizou dinheiro e se garantiram imediatamente as matrículas, mas aproximaram os estudantes das escolas de ensino médio de uma porta de saída ao mercado de trabalho.

Uma das saídas óbvias para motivar os estudantes e incluí-los no mercado de trabalho (além de estimular o crescimento econômico) é ampliar rapidamente o ensino médio. Inclusive em cursos à distância.

A boa notícia é que os dois principais candidatos - Serra e Dilma - colocaram esse tema no topo de suas agendas eleitorais. O próprio Lula, filho do curso técnico, se orgulha de ter expandido as escolas profissionalizantes.


Gilberto Dimenstein, 53 anos, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha.

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