O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, voltou a defender, nesta quinta-feira (8), a criação do Ministério da Segurança Pública para ajudar no combate ao contrabando e ao tráfico internacional de drogas e armas, crimes contra os quais o atual governo pouco fez.
"Segurança tem que ser uma prioridade. Eu vou criar o Ministério da Segurança, e não vai ser um ministério a mais para amigos, companheiros ou compadres. É para atuar das fronteiras ao litoral", disse o candidato, que fez campanha acompanhado do candidato à vice-presidente índio da Costa, no calçadão de Bangu, Zona Oeste do Rio.
Com o Ministério, Serra vai articular todas as forças disponíveis no país: Polícia Federal, polícias estaduais e Polícia Rodoviária Federal. Vai contar ainda, quando necessário, com o apoio e colaboração da Receita Federal e das Forças Armadas.
O Ministério vai repassar recursos aos Estados para reforçar as atividades e melhorar as condições da segurança pública, modernizar as polícias e requalificar os policiais.
Serra vai criar também uma polícia fardada, ligada à Polícia Federal, para cuidar das fronteiras, dos portos e dos aeroportos. A Polícia Federal, apesar de qualificada, tem pouca gente e não pode combater com eficácia o controle de fronteiras. Ao mesmo tempo, um praça do Exército não tem treinamento adequado para conferir notas fiscais ou detectar contrabando.
Para José Serra, ações estratégicas de segurança têm que visar não apenas a tranqüilidade dos cidadãos, mas proteger a juventude, hoje exposta ao poder do tráfico de drogas. “Ou o governo federal assume o comando da repressão ou o Brasil não tem como ganhar a guerra contra o crime”, afirma Serra.
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