Dilma Rousseff quer acabar com uma das experiências mais bem sucedidas do governo de São Paulo na educação: a inclusão de assistentes nas salas de aula para ajudar as crianças que têm mais dificuldade. São milhares de universitários que ganham uma bolsa para se manter ou pagar a faculdade. Com a medida, eles auxiliam os professores e elevam o rendimento dos alunos.
Serra vai levar o programa para todo o Brasil. Não dá para ser contra uma ideia tão boa como essa. As crianças ganham. Os professores ganham. Os universitários ganham. Mas Dilma conseguiu atacá-la em entrevistas desastrosas nos últimos dois dias. A julgar pelo que disse a candidata do PT, o programa deveria simplesmente acabar. Ou seja, na prática, o que ela propõe é desempregar muita gente, acabar com bolsas de estudos e prejudicar as crianças.
Serra quer levar a idéia para todo o Brasil porque ela reforça a alfabetização das crianças na primeira série do ensino fundamental. Se não for bem alfabetizada, a criança terá problemas pedagógicos futuros. Dilma não entende uma preocupação como essa porque não se interessa pelo assunto, não pede explicação antes de falar – ou as duas hipóteses.
A experiência de Serra abriu oportunidades a universitários e, ao mesmo tempo, deu mais qualidade ao ensino. Como não entende nada de educação, Dilma só pensa em acabar com o benefício. O PT não tem a mais remota preocupação com educação. Sua preocupação é política. Eleitoral.
Como diz José Serra: “Os petistas são especialistas em deixar crianças sem escola enquanto tentam fazer greve”. Mas nem isso conseguem.
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