O setor de transportes receberá fortes investimentos no governo de José Serra. Aeroportos, estradas e portos terão atenção prioritária. O objetivo é enfrentar desde o primeiro dia de governo os sérios gargalos que põem em risco o crescimento da economia.
A situação torna-se mais grave quando se leva em conta a tensão provocada pela proximidade da Copa do Mundo (2014). O país poderia ter aproveitado o cenário externo favorável para atrair capitais externos entre 2003 e 2007, para melhorar o sistema de transportes, mas desperdiçou a chance.
Segundo recente estudo, apenas um terço das rodovias tem boas condições, os portos estão sobrecarregados e as obras imensamente atrasadas por ineficiência e má gestão, nos aeroportos a movimentação de passageiros aumentou 80% sem que se tomasse alguma providência. A malha ferroviária é muito pequena.
Em suas viagens pelo Brasil, José Serra encontra aeroportos superlotados e ouve depoimentos sobre a existência de gargalos enfrentados pelos empresários em outros setores. Indústria e agropecuária querem crescer mais, mas encontram enormes dificuldades para escoar a produção. A circulação de pessoas e mercadorias é conturbada e perigosa. O custo do transporte da soja até para um porto da Europa é muito alto, encarecendo o produto final.
Na Presidência, Serra trabalhará para modernizar a Lei de Licitações e eliminará os três principais obstáculos a um programa de investimentos, de acordo com recente palestra que fez a representantes da indústria: “Falta planejamento, gestão e capacidade de fazer um seqüenciamento dos investimentos segundo uma ordem de prioridade”.
As melhores estradas do país
Pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes comprova a qualidade das rodovias paulistas: 75,4% das estradas do Estado de São Paulo foram consideradas ótimas ou boas. Os principais resultados:
as dez melhores estradas brasileiras estão em São Paulo. Todas fazem parte do Programa de Concessões Rodoviárias do Governo do Estado de São Paulo.
69% das estradas do Brasil foram consideradas ruins ou péssimas.
67% das estradas sob administração do Governo Federal foram consideradas ruins ou péssimas. A malha rodoviária sofre com a falta de investimentos: estavam previstos R$ 15,3 bilhões para as rodovias federais no orçamento da União de 2009. Apenas
20% foram aplicados.
Todos sabemos que estradas ruins significam tempo perdido, dinheiro jogado fora, e o pior: segurança ameaçada e vidas perdidas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário