sexta-feira, 2 de julho de 2010

Serra propõe o "defensivo agrícola genérico"

José Serra propôs a criação do "defensivo genérico" e pregou uma política para desenvolver o "transgênico verde-amarelo", para evitar que os produtores nacionais fiquem reféns de tecnologia estrangeira. Ele foi o único dos três principais presidenciáveis a participar, nesta quinta-feira (1/7), de sabatina na Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

Serra batizou o setor agrícola de a "galinha de ovos de ouro", que tem uma capacidade extraordinária de sustentar a balança de pagamentos e segurar a inflação e o desequilíbrio externo do Brasil. Para o candidato tucano, a capacidade do setor aumenta o consumo, o que significa que a classe mais pobre está se alimentando melhor.

Serra fez duras críticas à elevada carga tributária, à política comercial e à concessão de crédito agrícola. Ele questionou a dualidade na agricultura: “A agricultura brasileira não pode viver no atraso. Ela tem que ser cada vez mais empresarial”, disse, acrescentando que “não se pode ter dois ministérios com políticas diferentes.É ineficiente”.

Serra questionou projetos oficiais de obras para o Nordeste e sugeriu que o próximo presidente da República acumule, por seis meses, o comando da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), voltada para o planejamento. “A SUDENE do Celso Furtado não caberia nos dias de hoje. O Brasil mudou. Naquela época, industrializar resolvia”, argumentou. Citou os pólos industriais de grande dinamismo da região e que, na questão de agricultura e indústria, é preciso ‘israelizar’ o Nordeste. “As pesquisas no semiárido são importantes. Investir muito é pouco do ponto de vista dos gastos (dos resultados)”, apontou.

Ao falar sobre a política comercial, Serra tomou como exemplo as exportações de carne. "Não há agressividade na política de comércio exterior, o que é fundamental", disse. “Nós ficamos para trás em material comercial”, completou. Ele disse que há países na lista de compradores do Brasil que recusam carne produzida aqui, sob o argumento de que haveria risco de incidência de febre aftosa. “Carne desossada não tem aftosa e tem países que não importam por causa do problema. Ora, cadê a diplomacia econômica“, provocou

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