O candidato do PSDB à sucessão presidencial, José Serra, acusou nesta terça-feira (22)o governo federal de não ter um plano de combate às drogas. Para o tucano, o Brasil carece de uma ação coordenada, e não de iniciativas "de ocasião". "Houve um anúncio (do governo federal). Não se pode dizer que é um plano, não tem um plano atual", disse Serra, após visitar uma clínica que funciona em parceria com o governo de São Paulo em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. "Falta uma ação abrangente e profunda (do governo federal), e não de ocasião."
A visita à unidade de saúde ocorreu um dia depois de o candidato ter acusado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de usar a máquina pública em favor da candidata do PT, Dilma Rousseff. Segunda-feira (21) Serra disse que o lançamento do Plano Nacional de Enfrentamento ao Crack, feito por Lula em maio, tinha vistas às eleições de outubro.
A convite de médicos do Hospital Lacan, onde funciona a clínica, Serra foi conhecer a unidade, onde conversou com pacientes internados e se reuniu com a direção da instituição. De acordo com o tucano, para cada paciente internado na clínica, o Sistema Único de Saúde (SUS) paga ao hospital R$ 1.138 por mês. Já o governo de São Paulo paga R$ 3.000.
"Os recursos que o SUS dá são totalmente insuficientes para a manutenção da entidade e há (por parte do Ministério da Saúde)uma permanente pressão contra a existência de unidades especializadas no tratamento de dependentes químicos", disse Serra, que criticou ainda outro ponto do programa anunciado no mês passado por Lula: "Os consultórios de rua são considerados inócuos pelos especialistas."
Foto: Carolina Freitas - O Estado de S.Paulo
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